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A Ascensão do Branding “Feio”: Por Que Designs Rústicos, Sem Filtro e Bagunçados Estão em Alta

  • Foto do escritor: Anne Mello
    Anne Mello
  • 30 de jun.
  • 3 min de leitura


Lembra quando o branding era todo baseado em visuais limpos, polidos e esteticamente perfeitos? Pois é, todo mundo lembra - e é exatamente por isso que as marcas estão abandonando esse manual e apostando em algo mais cru, caótico e, sejamos sinceros, meio feio.


De tipografias distorcidas e borradas a combinações neon gritantes e uma nostalgia escancarada da web dos anos 2000, uma onda de “anti-design” está dominando. É ousado, rebelde e, para o bem ou para o mal, impossível de ignorar.


Preciso dizer mais alguma coisa? É brat
Preciso dizer mais alguma coisa? É brat

Mas por que isso está acontecendo? E será que toda marca deveria começar a fazer seus logos parecerem que foram criados no Paint? Vamos por partes.


Afinal, o que é o tal do “branding feio”?

É um tipo de branding que, teoricamente, não deveria funcionar - mas funciona. É bagunçado, imperfeito e propositalmente caótico. Estamos falando de coisas como:


  • Fontes sobrepostas e que brigam entre si

  • Gráficos pixelados e estética lo-fi

  • Layouts nada convencionais que quebram todas as regras

  • Combinações de cores ousadas (e quase gritantes)

  • Vibes de web retrô (pense no início do MySpace com um toque de Windows 98)


Lembra disso?
Lembra disso?

No fundo, o branding “feio” é uma reação ao excesso de limpeza e ao hiper-minimalismo que dominaram o design por anos. É uma rebeldia contra a perfeição excessiva.

As marcas estão percebendo que os consumidores (especialmente a Geração Z) querem algo mais real. Algo que não pareça ter sido cuidadosamente otimizado por uma IA corporativa.


Por que as pessoas estão amando isso? (A psicologia por trás do caos)

É o seguinte: o branding “feio” não é só uma tendência visual - é uma mudança cultural.


Imperfeição = Autenticidade

As pessoas estão cansadas de ver tudo perfeitinho demais. O branding “feio” parece mais cru, mais humano - e isso faz com que ele pareça mais real.


A nostalgia bate forte

O design da web dos anos 2000, os gráficos “ruins” de PowerPoint e a estética caótica do faça-você-mesmo despertam lembranças de tempos mais simples. (Lembra como era divertido personalizar a sua página do MySpace? Exatamente.)


As redes sociais amam o que é “estranho”

Pense nas marcas que viralizam no TikTok e no Instagram - raramente são as polidas e corporativas. As pessoas se envolvem com conteúdos que parecem divertidos, inesperados e, às vezes, sim, um pouquinho feios.


Quer um exemplo? A estrela do TikTok Emilyzugay viralizou justamente criando logos “feios”. E quanto mais absurdos, mais as pessoas amavam - inclusive as próprias marcas.
Quer um exemplo? A estrela do TikTok Emilyzugay viralizou justamente criando logos “feios”. E quanto mais absurdos, mais as pessoas amavam - inclusive as próprias marcas.

Marcas que estão acertando no “feio”

Algumas marcas mergulharam de cabeça nessa energia caótica e transformaram o “feio” em uma jogada de branding poderosa.


🔥 MSCHF – Uma marca totalmente construída em torno do caos e da provocação. (Eles literalmente criaram um tênis de Jesus com água benta dentro. Precisa dizer mais?)


O design deles grita (literalmente)
O design deles grita (literalmente)

🔥 Crocs – Antes considerados os tênis mais feios do planeta. Agora? Um verdadeiro ícone cultural.


Eu literalmente acabei de tirar um print disso. Fim de papo.
Eu literalmente acabei de tirar um print disso. Fim de papo.

Essas marcas provam que, quando bem feito, o branding “feio” não é só chamativo - é estratégico.


Mas… Quando o “feio” dá errado?

Nem toda marca pode simplesmente jogar uma Comic Sans ali e achar que tá tudo certo. Aqui vão alguns casos em que essa tendência dá ruim:


🚨 Quando parece forçado – Se o seu público não se identifica com estéticas caóticas, vai parecer só uma escolha de design ruim, não algo criativo.


🚨 Quando não há estratégia – O branding “feio” funciona quando há intenção por trás. Se for feio só por ser, as pessoas vão achar que você só não contratou um bom designer.


🚨 Quando confunde o público – Se sua marca sempre foi elegante e profissional, partir do nada para um visual todo Y2K grunge pode afastar quem já confia em você.


Então… o branding “feio” veio pra ficar?

Honestamente? Sim e não.


Como toda tendência, ela vai evoluir. Neste momento, estamos vivendo a era do design caótico, nostálgico e “feio de propósito”. Mas daqui a alguns anos? Quem sabe. Talvez o pêndulo volte pro lado do branding ultra polido. (Tendências de design são basicamente um vai e vem sem fim.)


Mas uma coisa vai continuar: a busca por autenticidade.


Seja através do anti-design, de uma estética DIY ou simplesmente de marcas que escolhem mostrar mais personalidade do que perfeição, o ponto principal é que as pessoas não querem só algo bonito - elas querem algo real.


Então, se você está pensando em experimentar um pouco de caos no seu branding, vai fundo. Só garanta que seja um caos estratégico.

 
 
 

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